Hábitos x saúde x doença
- Dra. Sabrina Meirelles
- 12 de set. de 2018
- 3 min de leitura
É de importante conhecimento saber da existência da interação corpo, mente e sentimentos na conexão doença x saúde.
Dessa maneira, ficar atento às atitudes diárias, pensamentos/sentimentos podem colaborar, em qualquer tratamento, para melhorar ou piorar a própria saúde.
Alguns erros comuns serão explicitados abaixo:
1- Entrar em “guerra” contra a doença/dificuldade
2- Usar a doença/dificuldade para justificar atitudes que não tem ligação com a doença/dificuldade
3- Passividade
4- Vitimização
1-Observa-se que alguém entra em “guerra” contra a própria doença ou dificuldade quando esse alguém amaldiçoa sua doença, xinga ou reclama várias vezes ao diária. Com esse arsenal de ataque, é gerado no organismo, tensão, ansiedade, raiva, indignação ou depressão.
Partindo-se do princípio que toda guerra é um combate, ninguém cede facilmente e a tendência é que o inimigo se muna e cresça, cada vez mais, para evitar perder o confronto.
Por outro lado, quando encaramos nossas dificuldades com amigas, o que inicialmente parece uma ideia insana, fica muito mais fácil e leve entender o que se passa conosco, o que podemos fazer para melhorar, a resignação se torna mais fácil, menor é o sofrimento e há coexistência pacífica. Essa coexistência pacífica é poderosa para a cura. Não há tensão, apenas solta-se a dificuldade/doença para que a mesma flua em boa resolutividade.
Não confundir coexistência pacífica com passividade. Pacífico vem de paz, harmonia, entendimento. Há ação, buscas, trabalho, no entanto, com leveza, sem briga. Passividade é não ação, empurrar com a barriga. Não é isso que almejamos. Ninguém tem resultados positivos com passividade.
2- Uma das piores coisas é usar a doença ou dificuldade para justificar qualquer coisa em nossa vida. Exemplos: Não posso fazer isso hoje porque estou com muita dor. Não posso ir nesse compromisso porque estou muito triste hoje. Alguém faz a comida para mim porque não me sinto bem. Ou qualquer outra serventia como: chamar atenção, preencher carências, etc...
Observe que não estou dizendo que é para ocultar a verdade. Se realmente estiver com motivos reais que justifique usar a doença, está tudo bem. No entanto, usá-la como desculpa para outras coisas não é uma boa ideia. O organismo entende como um comando, que a doença serve para algo e, então, deve continuar existindo.
3- Passividade não combina com saúde. Há necessidade de movimento, buscas, hábitos saudáveis, trabalho no bem estar. Todo esse movimento está relacionado com o querer e não há energia mais potente para o sucesso, em qualquer âmbito da vida, que a vontade. Novamente, deixo claro para que não haja confusão entre passividade e pacífico. Pacífico vem de paz, harmonia, entendimento. Há ação, buscas, trabalho, no entanto, com leveza, sem briga.
Passividade é não ação, empurrar com a barriga, deixar como está. Quando alguém opta pela passividade, consequentemente, está enviando estímulos a si mesmo do desejo de não modificação.
4- O vitimismo paralisa qualquer progresso legítimo na vida. A vitimização trás sentimentos indesejados junto a ela, como: tristeza, depressão, sensação de incapacidade. A vitimização acorrenta a pessoa ao fato, como se uma dependência fosse criada. A última coisa que queremos é estar acorrentado a algo. Desejamos a liberdade e saúde plena. Apegar à vitimização cria resistências à melhora e impede qualquer fluxo de progresso.
No texto Uma investigação do adoecer , verão que ninguém é vítima de nada. Apenas vivenciamos escolhas conscientes ou inconscientes. O importante, é ressignificar o papel de vítima para nos tornarmos autor de uma nova história.
Resumindo, citei apenas quatro tipos de comportamentos que podemos evitar e refletir a respeito se a intenção primordial é conquistar novas mudanças em nossas vidas.
Dra. Alice Antunes
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